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𝐍ã𝐨 𝐬𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐫𝐚𝐫 𝐨 𝐢𝐧𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐫á𝐯𝐞𝐥

▶️ A 𝐀𝐬𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚çã𝐨 𝐒𝐢𝐧𝐝𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐝𝐨𝐬 𝐏𝐫𝐨𝐟𝐢𝐬𝐬𝐢𝐨𝐧𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐚 𝐏𝐨𝐥í𝐜𝐢𝐚 (𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏) vem, a propósito de um quadro de tabelas salarias colocado no jornal das 8 da TVI, de segunda-feira, 25 de Abril, relativamente à comparação dos salários entre forças de segurança e forças armadas, alertou a estação televisiva para o lapso existente na mesma.

A propósito das declarações do Presidente da República por ocasião das Comemorações do Dia da Liberdade, as quais passavam pela necessidade do reforço das remunerações das forças armadas, a TVI coloca dados fornecidos pela DGAEP (Direção Geral da Administração e do Emprego Público), com a indicação de agentes da PSP – 1874.00 €, deixando a ideia de ser esse o valor auferido por um agente da PSP.

▶️ A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 reforça que o primeiro nível remuneratório de um agente da PSP é o 7 e corresponde a 809 €, o primeiro de um Agente Principal é o 15 e corresponde a 1215 € e de um Agente Coordenador é o 20 e correspondente a 1458 €, sendo que este último apenas abrange profissionais com cerca de 35 anos de serviço e poucos ainda existem.

A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 relembra que esses dados foram utilizados insistentemente durante as negociações da atribuição do subsídio de risco e que unicamente deturpam a realidade.

A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 considera a necessidade de melhoria remuneratória para os profissionais da PSP, porquanto, esta é pouco atrativa e constata-se que não é uma profissão interessante para a manutenção dos seus quadros na Instituição.

A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 defende ainda que, a solidariedade entre os demais profissionais das forças de segurança, das forças armadas e dos trabalhadores em geral deve imperar, mas os valores usados pela DGAEP nesses quadros são uma deturpação e intoxicam a opinião pública. Comparam o incomparável.

Em agosto de 2019, aquando da promulgação do aumento das remunerações dos magistrados, o Presidente da República alertou que esse aumento provocaria uma “desigualdade de tratamento” em relação às Forças Armadas e às forças de segurança.
As alterações às remunerações aprovadas no novo estatuto implicam que os mais beneficiados sejam os Magistrados, dizia Marcelo na altura.

▶️ Recordamos ainda que em 2019, vincou a necessidade do aumento salarial para os polícias. Agora, em 2022, ignorou essa mesma necessidade, sendo que nesse hiato temporal não existiu qualquer evolução.

A 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 tem alertado para a aproximação do salário mínimo nacional ao primeiro índice remuneratório da PSP, assim como, a estagnação em alguns postos e as dificuldades de evolução, fruto dos anteriores congelamentos.

Tal realidade está a tornar a PSP cada vez menos atrativa, está também a levar ao afastamento de profissionais para outros projetos de vida e está ainda a comprometer a motivação dos polícias.

▶️ Em dezembro de 2020, a 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 entregou na Assembleia da República, uma petição com cerca de sete mil assinaturas, para a melhoria da tabela remuneratória na PSP, tendo sido a atual direção da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏, ouvida já por duas vezes no Parlamento.

Alertamos ainda que os serviços remunerados não devem subverter o serviço policial, muito menos na perspetiva de condicionar a evolução das remunerações, como tal, é imprescindível que em 2022 exista uma alteração das tabelas remuneratórias na PSP.

#ASPP/PSP