Caros polícias e associados da ASPP/PSP
Independentemente das vossas categorias hierárquicas e funções:
Como sabem, muitos de vós por experiência própria, não é fácil nem barato o alojamento em Lisboa, como não é normal não ter sido emanado Despacho para colocação de pessoal na pré-aposentação, como não é correto ter procedimentos concursais que ficaram por concluir e outros por abrir, como não é normal ter-se apenas 50 por cento de candidatos para o curso de agentes.
Por a Direção Nacional da PSP (DNPSP) ter consciência disso, foi dado agora um passo para que dentro em breve os polícias recém-formados possam ter melhor alojamento, quanto às outras questões a DNPSP nada refere.
No corrente ano o Governo libertou os saldos transitados dos nossos Serviços Sociais para a aquisição de imóveis destinados ao alojamento, dinheiro esse que é, e sempre foi dos polícias e que a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) espera que seja usado onde essencialmente é mais necessário.
Este processo do alojamento, diz a DNPSP, foi apoiado pelo Senhor primeiro-ministro, pelo Senhor ministro da Administração Interna e pela senhora secretária de Estado da Administração Interna. Acompanharam a DNPSP na sua visão e tornaram possível a sua concretização, quanto a todas as outras questões nada dizem, e tudo adiam, num total desrespeito pelos profissionais da PSP.
Neste âmbito, segundo a DNPSP, na passada sexta-feira ocorreu um ato notarial importante, promovido pelos nossos Serviços Sociais, para o apoio social dos nossos polícias, já quanto sobre ao Despacho da Pré-aposentação nada se sabe, apesar de já estarmos em 2023.
Segundo a DNPSP, apresentaram ainda diversas candidaturas (que estão em curso) no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Pretende construir diversos imóveis, igualmente destinados ao alojamento e reforço do apoio social prestado pelos nossos Serviços Sociais, tendo como objetivo final dispor de capacidade de alojamento condigno para todos os polícias que se encontrem colocados na área de Lisboa e que nela não residam, o que é importante, contudo a ASPP/PSP lamenta que não exista PRR, para responder aos constantes constrangimentos que a partir de agosto de cada ano, se sente ao nível dos equipamentos e infraestruturas.
Segundo também a DNPSP e no âmbito do mesmo PRR, pretende também proceder à requalificação de outras instalações relacionadas com alojamento e habitação, nomeadamente as designadas camaratas, transformando-as em espaços de coabitação condignos, mas por parte da ASPP/PSP, lamentamos que esse mesmo PRR não tenha a previsão para os concursos de promoção.
Conclui a DNPSP que para o efeito, contará com o apoio da tutela e de algumas autarquias da área metropolitana de Lisboa, que se associaram a este esforço de reforço da logística de bem-estar dos nossos polícias, mas essa mesma tutela não evidência qualquer preocupação pela incapacidade de tornar a PSP atrativa e estar a colocar o efetivo cansado, envelhecido, doente, fustigado, desmotivado.
A DNPSP sabe disso e conta com o apoio da tutela para isso se agravar.
Para a ASPP/PSP não importa só amparar os polícias em início de carreira.
É preciso, definitivamente, tornar a carreira atrativa, para granjear futuros candidatos, mas também para manter aqueles que já cá estão e que numa primeira oportunidade saem e optam, tanto por outras forças e serviços de segurança, como também para outros projetos na área da segurança e não só.
Só haverá atratividade e motivação para a missão policial com alteração do paradigma; melhoria substancial dos ordenados, perspetiva de carreira, celeridade nas promoções, transferências e melhoria das condições de trabalho.
Lisboa e ASPP, 03 de janeiro de 2023