Artigo de opinião no “Expresso” de Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP)

A ASPP/PSP enquanto sindicato mais representativo de Polícias, é constituída por profissionais (agentes, chefes e oficiais), que diariamente trabalham nesta mui nobre Instituição que o sr. Ministro demonstra não pretender que evolua.

E facilmente se percebe que não se resume a uma minoria. O MAI tem sido interpelado pelos jornalistas sobre realidades várias, relativas à falta de efetivo na PSP e sobre insatisfação no seio das forças de segurança. Diz o MAI, tratar-se de uma minoria e já evoluiu na crítica direta à ASPP/PSP, de que este Sindicato nunca diz nada positivo sobre a PSP.

Já lançamos o desafio ao sr. ministro para proceder a visitas a esquadras, sem agendamento, constatar escalas de serviço, meios e estado emocional dos profissionais. Afirmou esta semana o sr. ministro que a ASPP/PSP nada diz de positivo sobre a PSP, contudo, e uma vez mais engana-se ou tenta camuflar a realidade.

A ASPP/PSP tem enaltecido os programas especiais, tais como a Escola Segura, daí ter denunciado a sua perigosa desconfiguração, fruto de escassez de efetivo, a ASPP/PSP tem referenciado o excelente trabalho dos profissionais da Investigação Criminal, com provas mais que dadas no seu desempenho, para incómodo inclusive de outras estruturas, a ASPP/PSP tem referido o excelente trabalho de policiamento e patrulhamento de muitos patrulheiros que em contextos tão exigentes, complexos e arriscados não viram a cara à sua missão, a ASPP/PSP tem referido a capacidade e qualidade da unidade especial de polícia em diversos policiamentos difíceis, a ASPP/PSP inclusive tem denunciado as dificuldades e limitações que quem comanda tem, fruto dos constrangimentos que existem e do aumento de missões que entretanto foram assumidas. A ASPP/PSP não confunde a nobreza e importância da Instituição, com quem a dirige e principalmente com quem tem a incumbência de a gerir politicamente.

Expresso. 04.10.2022.