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Da perpetuação dos problemas à ausência de soluções

O Presidente da República, aquando do aumento salarial aos magistrados, fez referência ao Governo para que fosse também acautelada a necessária valorização salarial nas forças de segurança. Um aviso feito há mais de dois anos.

Segundo o último relatório da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI), realizado por via das inspeções sem aviso prévio às forças e serviços de segurança, conclui-se que há esquadras da PSP sem o efetivo mínimo necessário para funcionar e recomenda-se, entre outros alertas, para a reabilitação/recuperação das instalações.

Recentemente, vários polícias do Comando Metropolitano de Lisboa que se encontram alojados em instalações policiais, foram notificados para abandonarem as mesmas, para que estas estejam preparadas para receber os agentes que, entretanto, irão terminar a formação de agente. Estes, agora notificados, terão de procurar alojamento sujeitando-se aos preços em vigor na cidade de Lisboa.

Há pouco tempo foi alterada a Portaria de admissão à PSP, concretamente no que diz respeito ao critério idade, deixando de parte a necessária alteração do fator salarial. Neste entretanto, saiu a lista de candidatos ao curso que se aproxima e os resultados dessa alteração não foram interessantes. E isso porque a atratividade não passa por fator idade, mas sim pela dignificação dos salários.

Estes são alguns exemplos factuais da realidade, de recomendações de órgãos de soberania e entidades com responsabilidade na fiscalização, mas que o Governo parece não pretender alterar.

A ASPP/PSP apela aos polícias, aos autarcas, às populações, para que se unam aos alertas que temos lançado, na tentativa de evitar que a Polícia de Segurança Pública se esgote, para que a saúde operacional dos polícias não seja ainda mais colocada em causa, para que a segurança não seja enfraquecida.

#ParaNossaDefesa

ASPP/PSP