Caros polícias e associados da ASPP/PSP, independentemente das vossas categorias hierárquicas e funções:
Comemorou-se no passado dia 02 de julho o 155º aniversário da PSP, tendo decorrido na Direção Nacional a celebração oficial desta efeméride.
A ASPP/PSP marcou presença a convite do Sr. DNPSP e partilha com os polícias o seguinte:
Enaltecer os polícias falecidos em serviço e essa referência, assim como, a atribuição do prémio de segurança pública aos polícias que praticaram atos de bravura.
Registar que os discursos do DNPSP e do MAI referiram a realidade operacional e a importância do serviço prestado às populações e ainda o enaltecimento público desta Instituição, a qual granjeia um prestígio enorme na sociedade.
Salientar que essa imagem e realidade, assenta essencialmente numa dedicação extrema e espírito de missão dos profissionais, que diariamente dão “tudo” para o bom funcionamento da PSP.
Salientar ainda que, não se vislumbrou nesses discursos, uma perspetiva de alteração do paradigma político, nem qualquer rutura com o passado, mantendo-se uma visão de existencialismo social para responder à necessária dignificação salarial e das carreiras. O que é na nossa opinião errado, pois salário não é habitação, apesar da importância da habitação e alojamento.
Não se vislumbrou um reconhecimento efetivo do trabalho desenvolvido, que se traduza em passos concretos de melhorias das condições de trabalho, de maior atratividade da profissão e de uma valorização profissional.
A melhoria das condições de trabalho na PSP, traduz-se na melhoria de qualidade de serviço prestado às populações.
A PSP atravessa momentos exigentes e complexos e o que se espera, para a manutenção da qualidade operacional e como correspondência às necessidades dos seus profissionais, não pode ser reconhecimento discursivo ou retórico, mas políticas concretas de resposta aos problemas concretos, alteração e elevação de salário, valorização da compensação do risco, higiene e saúde no trabalho, reforço e celeridade do SAD/PSP, respeito pela pré-aposentação e uma gestão interna que não implique constantes atropelos nos direitos dos profissionais.
ASPP, 7 de julho de 2022