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Portugal atravessa um quadro político complexo e penoso. Após a realização de eleições legislativas, nas circunstâncias em que foram marcadas e com os resultados que todos sabemos, e que irão traduzir-se em anos de um desenho parlamentar que suportará facilmente o governo nas decisões que este vier a tomar, há, no entanto, um conjunto de problemas que se arrastam e que receamos irão perpetuar-se.

Se os Polícias aguardam há muito a alteração da sua tabela remuneratória, por forma a criar uma maior atratividade na carreira, e se há muito se combatem interpretações erradas por parte do Governo e da Direção da PSP, no que diz respeito à pré-aposentação, com um prejuízo claro nos profissionais que possuem requisitos para sair e são barrados de forma inqualificável, há ainda, também, quem tenha a esperança de ver alterado o valor da compensação pelo risco da missão, indo ao encontro da dignificação dos profissionais da PSP.

“𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒆𝒎𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒂 𝒕𝒐𝒎𝒂𝒅𝒂 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒆 𝒅𝒐 𝑮𝒐𝒗𝒆𝒓𝒏𝒐, 𝒂 𝒂𝒑𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏𝒕𝒂çã𝒐 𝒅𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒑𝒓𝒐𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂 𝒆 𝒐 𝑶𝒓ç𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝑬𝒔𝒕𝒂𝒅𝒐 (𝑶𝑬) 𝒔𝒆𝒋𝒂𝒎 𝒄é𝒍𝒆𝒓𝒆𝒔…”

Mas a ausência de aplicação da higiene e saúde no trabalho e a necessária alteração à legislação referente à Incapacidade Permanente Parcial (IPP), assim como, o pagamento de valores por pagar desde 2010 aos profissionais ultrapassados por outros mais recentes, são também assuntos que urge resolver.

Esperemos que a tomada de posse do Governo, a apresentação do seu programa e o Orçamento de Estado (OE) sejam céleres, por forma a perceber se a postura do governo e do parlamento será de diálogo e de passos concretos que resolvam os problemas que assolam os Polícias, ou se, ao invés, irão optar por uma continuidade de cortes e constrangimentos tão penosos para os profissionais, para a Instituição PSP e por consequência para as populações.

Da parte da 𝐀𝐒𝐏𝐏/𝐏𝐒𝐏 manteremos a disponibilidade para lutar de todas as formas possíveis pelos legítimos interesses dos Polícias.


Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã