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“????? ? ????????” é um acontecimento marcante na história portuguesa do pós-25 de Abril ocorrido 15 anos depois do “dia inicial inteiro e limpo” (Sophia).

No dia 21 de Abril de 1989 centenas de polícias reuniram-se no Terreiro do Paço para exigir liberdade de associação sindical para as forças e serviços de segurança. Um direito prometido ao povo português aos sons da Grândola Vila Morena encarnada por cravos de esperança.

O governo de então considerou ilegal aquela manifestação e enviou polícias para dispersar polícias. Os agentes caninos, treinados para não atacar fardas da PSP, eram incitados a ameaçar homens fardados nunca “farejados” como ameaça. A mente animal estava muito mais confusa do que a mente dos humanos chamados a impor a ordem pública. Os agentes humanos choraram para dentro dos tanques e lançaram contra os seus camaradas as suas lágrimas em forma de canhões de água para que a partilha da dor acontecesse sem mais ferimentos para os corpos.

Foi um dia triste que parecia escurecer a histórica manhã de Abril. Este episódio ficou conhecido como “Secos e molhados”. Está nas nossas memórias ver polícias contra polícias de coração apertado. Mas, também foi o início de uma luta que culminou com o direito de liberdade sindical. Valeu a pena! As grandes conquistas exigem sempre grandes sacrifícios.

Ainda nem tudo foi conquistado – o direito à greve dos polícias, talvez, ou o merecido subsídio de risco, ou o acesso à reforma sem inesperados adiamentos. Mas, como diria Eduardo Lourenço, “mais importante que o destino é a viagem”… E a viagem continua, porque nem mesmo a Revolução de Abril ainda se cumpriu. Segundo uma sondagem hoje publicada pelo Expresso, apenas 10% dos portugueses acreditam viver em plena democracia. Meu Deus!

Este acontecimento dos “????? ? ????????” foi recordado esta semana na Associação Voz do Operário, em Lisboa, com um encontro de polícias – no mesmo local donde a manifestação se iniciou rumo ao Terreiro do Paço em 1989.

Tive a honra de ser convidado para moderar o debate em que a delícia da memória – evocada por históricos como Alberto Torres, que no seu discurso também homenageou alguns jornalistas que acompanharam a luta dos polícias -, nos motivou a acreditar num amanhã sempre inteiro e limpo. O discurso memorial de Alberto Torres emocionou-me muito.

Agradeço de coração cheio à ???????çã? ???????? ??? ????????????? ?? ???í??? por não menosprezar a memória.

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