Os profissionais da PSP estão “mais que vacinados”, para boas doses de exigência, disponibilidade e sacrifício e têm demonstrado uma enorme responsabilidade e espírito de missão há vários anos, sempre em prol da segurança das populações. Mas há limites e os limites devem ser tidos em conta, por quem tem a responsabilidade de gerir recursos humanos e definir políticas.

Aquilo que no passado recente ia ao encontro da especificidade e exigência, em concreto, a possibilidade de uma pré-aposentação aos 55 de idade ou 36 de serviço, agora traduz-se em algo totalmente intolerável, uma vez que, demonstra uma profunda desconsideração por profissionais que viram alteradas as regras, gorando as suas legítimas expetativas e o seu merecido descanso.

A “normalização” do atropelo pela legítima passagem à pré-aposentação, onde já nem se cumprem os próprios limites de idade definidos em Lei, está a adulterar tudo pelo qual historicamente os profissionais da PSP lutaram, ou seja, direito à pré-aposentação aos 55 de idade ou 36 de serviço, e este atropelo suportado pela “bomba legislativa” designada por orçamento de estado, agora “travestido” de cumprimento ao decreto de emergência.

Até quando?

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã

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