A Segurança Interna é um dos pilares de uma democracia madura e ao serviço dos cidadãos.
Com toda esta problemática em torno da Pandemia, parece que tudo o resto não existe, no entanto, mesmo antes da Pandemia, o panorama era o mesmo.
Políticas muitas vezes avulsas, reestruturações concretas inexistentes e problemas resolvidos quantas vezes em cima do joelho.
A Segurança Interna tem contornos de importância máxima que merecia uma visão a médio e longo prazo, numa avaliação do modelo e a definição concreta do mesmo, que fosse ao encontro do necessário, que implicasse também a dignificação dos seus profissionais, pois são esses os intervenientes principais.
A existência de duas polícias generalistas com funções iguais, com todas as implicações que tal acarreta, a proliferação de outras tantas com ação micro, a militarização da segurança interna, a doentia contagem de tostões numa deturpação de algo que deveria ser visto como investimento, mas passa sempre por uma perspetiva de despesa, são tudo características de um modelo que “sobrevive” e não existe na exata medida das necessidades.
O poder político tem a incumbência de definir as melhores políticas para o país, aquelas que melhor podem servir os cidadãos “consumidores” de segurança, respeitando os profissionais que dão corpo a essa missão, para tal, e para bem das populações, será importante maior arrojo, para que a Segurança Interna não se perpetue com os problemas de sempre e seja possível uma luz ao fundo do túnel.
Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos no jornal Correio da Manhã