Sobre a pandemia, os polícias têm sido mais uma vez “carne para canhão”.

Estamos prestes a entrar em 2021 com uma pandemia como grande preocupação mundial e com um orçamento de Estado que preocupa os Portugueses mais atentos e em especial os polícias.

Sobre a pandemia e no que diz respeito à intervenção dos polícias, já percebemos que mais uma vez temos sido “carne para canhão”. Pede-se tudo e todo o tipo de tarefas e ações, exige-se que se assuma a responsabilidade, perante os cidadãos, das decisões políticas, pede-se aos polícias que aceitem todo o tipo de desabafos e revolta dos cidadãos em consequência das medidas impostas pela DGS ou governo, enfim, pede-se tudo. Em contrapartida ao Governo os polícias pediram máscaras reutilizáveis, ou outras, para prevenir o possível contágio e ainda hoje aguardamos a resposta. Agora com a imposição a todos os cidadãos do uso da máscara, onde se enquadram os polícias?

No mesmo patamar está o orçamento para 2021, no qual percebemos que para algumas áreas, sejam o pessoal da saúde ou bombeiros, está previsto, e bem, o subsídio de risco. Para os polícias continua a ser uma miragem. Para a resolução de uma boa parte dos problemas com a atualização salarial, completamente desadequada das outras Instituições da mesma área, continuamos a ouvir o MAI referir que será “a seu tempo”, o que na verdade se quer dizer, pelos exemplos que temos, o sinónimo de nunca. Para os polícias este orçamento trará, caso não seja alterado, um 2021 triste, injusto e garantidamente de revolta e com prejuízos para a segurança dos cidadãos.

Depois queixem-se!

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã

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