Caso nada seja feito estaremos a correr um risco que pode ser desastroso.

Ontem, a ASPP/PSP, desenvolveu iniciativas sindicais que pretenderam voltar a colocar em discussão os reduzidos vencimentos e a necessidade de compensação do risco de vida associado à missão da PSP. Num momento de discussão do orçamento de Estado onde o aumento do salário mínimo nacional, e bem, está em evidência, faz todo o sentido também rever a tabela salarial da polícia.

Não podemos querer exigir toda a responsabilidade, desempenho de uma missão de grande complexidade, o risco de vida e atribui um salário mínimo aos profissionais. Não se pode aceitar que os polícias, nas carreiras profissionais da base da pirâmide, passem quase toda a carreira para evoluir uma só categoria profissional.

Tem sido estas lacunas que tem levado à redução de candidatos para a polícia e revoltado os que já estão na instituição.

Não se pode querer que os polícias sejam super-homens com valências em todas as áreas, que tenham menos direitos que qualquer outro cidadão só por ser polícia, que tomem decisões perfeitas em frações de segundo e que estejam 24h/24h de serviço e depois dar-lhes um salário como se fossem dispensáveis. O Governo tem de decidir o que pretende. Ou quer jovens a concorrer à polícia com capacidades e perfil para desempenhar esta missão ou não. Mas caso nada seja resolvido estaremos a correr um risco que no atual contexto pode ser desastroso.

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã

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