Qualquer instituição deve criar instrumentos para promover e incentivar os profissionais a fazerem mais e melhor.

São mais do que conhecidos os fracos ordenados dos polícias. Se tivermos em conta a responsabilidade, a exigência e o risco, 789€ para qualquer agente, é no mínimo vergonhoso. Qualquer instituição deve criar instrumentos para promover e incentivar os profissionais a fazerem mais e melhor. A boa liderança, o ordenado justo e a perspetiva de carreira, são fatores para a estabilidade e sucesso. Mas nesta policia, a realidade reflete o oposto. A agravar tudo isto vem o facto de existirem na mesma instituição vários modelos de progressão na carreira. Uns que já provaram que funcionam e outro que coloca à prova o equilíbrio emocional de qualquer bom profissional. O modelo definido para a carreira de oficial de polícia já provou ser o mais adequado quando se fala em perspetivas de carreira. A questão que se coloca é sobre a razão para a não aplicação deste modelo nas carreiras de agente e chefes? Quem ganha mantendo Chefes na mesma categoria durante mais de 25 anos ou agentes com mais de 15 anos?

A Direção da PSP refere que é necessário alterar o estatuto remuneratório dos Agentes. Isso é verdade, mas é preciso também reformar todo um conjunto de conceitos e modelos de organização caducos, injustos e que tem tratado muito mal os direitos mais basilares dos polícias. Algo que já provámos não merecer.

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã

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