Vergonhosamente, e passados 41 anos, 5 euros é o valor que ainda hoje recebem.

A ASPP/PSP em 2019 enviou ao ministério da administração interna, com conhecimento à direção da PSP, um projeto que pretendia dar contributos na revisão necessária da organização do serviço da polícia nos aeroportos. Pretendia-se que este serviço especializado e de relevante complexidade fosse destacado, a par da responsabilidade e competência da Policia naqueles espaços e que dependesse diretamente da Direção da PSP. Se a polícia tem criado inúmeras esquadras ou divisões “complexas” pelo País, não se entende que não seja reconhecida esta complexidade a este serviço.

Mas pretendia-se também que este serviço especial desempenhado pelos polícias nos aeroportos fosse valorizado. Até porque todas as entidades, públicas ou privadas, presentes nos aeroportos, premeiam os seus funcionários pela responsabilidade acrescida, pela necessidade de formação e procedimentos especiais. A prova está no ordenado, por exemplo, de um vigilante aeroportuário em que o salário base, e mesmo assim insuficiente, ao qual acrescem ainda os subsídios, é de 891,82.

Foi instituído em 1979 um suplemento exclusivo para os polícias em serviço no aeroporto de Lisboa, de mil escudos.

Apesar de muito mais trabalho, com efectivo mais reduzido, e apesar de todos os nossos esforços, vergonhosamente e passados 41 anos, os cinco euros é o valor que ainda hoje recebem.

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã

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