A Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP), que congrega os Sindicatos e Associações mais representativos do sector da Segurança Interna decidiu aderir ao protesto de dia 31 de Janeiro, agendado pelas duas Federações representativas das estruturas sindicais dos trabalhadores da função pública.

A CCP não considera admissível que o Orçamento de Estado mantenha pelo 11º ano consecutivo a impossibilidade de aumentos reais dos salários dos trabalhadores da função pública, já que se propõe um aumento de 0,3%, inferior à inflação prevista para o ano corrente.

A pertinência da adesão das estruturas associativas e sindicatos das forças e serviços de segurança a esta acção nacional de protesto justifica-se igualmente pela recusa do Governo em actualizar de forma séria a Tabela Remuneratória Única (TRU), em vigor desde 2009, sendo que na última década verificou-se uma perda de poder de compra de mais de 15%.

Sem prejuízo das reivindicações de cada uma das estruturas da CCP, no que diz respeito aos seus sistemas remuneratórios específicos, que são pertinentes e que têm na sua génese a pouca valorização que as funções de segurança pública têm merecido por parte do Governo, importa desconstruir a ideia de que os agentes e trabalhadores do Estado têm sido salarialmente valorizados nos últimos anos, em comparação com os outros sectores de actividade, porque tal não corresponde à verdade.

A CCP exorta todos os profissionais das forças e serviços de segurança a participarem na manifestação de protesto do próximo dia 31 de Janeiro, que terá lugar em Lisboa.
Num Estado de direito democrático, valorizar e respeitar aqueles que garantem o seu funcionamento é o mínimo exigível!

O SECRETARIADO NACIONAL DA CCP

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