Como é que o poder político quer que os polícias não estejam revoltados.

Depois de uma análise muito breve ao orçamento de Estado para 2021, no que diz respeito às forças de segurança e em particular à polícia, fiquei com a impressão que o Governo se esqueceu que a polícia ainda não fechou portas.

Com todos os problemas graves que foram identificados e que irão colocar em causa, caso não sejam resolvidos, a estabilidade interna e em resultado a segurança pública, o governo assume um papel irresponsável perante todo o país.

Durante os últimos anos foram feitas, e bem, atualizações salariais na magistratura, no Serviço de estrangeiros e fronteiras, na polícia judiciária, entre outros.

O Primeiro Ministro e o próprio Presidente da República veio dizer, que agora, seria o ano de resolver a questão da PSP e GNR, afinal voltamos a ficar de fora.

Com esta atitude de desprezo por estes profissionais, como é que o poder político quer que os polícias não estejam revoltados, indignados e expressem, por vezes, discursos pouco moderados. Assim não dá Sr. Primeiro ministro, assim não.

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã

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