Estamos a viver um período complexo. Habituámos-nos a projetar políticas para 4 anos, a preparar as instituições mais preocupadas com a aparência do que com a real capacidade ou a considerar ridículas as chamadas de atenção dos especialistas. Até hoje. Hoje percebemos que o nosso sistema de saúde estava no limite ou que as forças de segurança andavam já abaixo do limite antes do aparecimento do COVID-19. A PSP já antes deste problema tinha dificuldades de efectivo, ninguém quis saber, e agora?

Agora, em determinados Comandos de polícia, pedem-nos milagres, obrigam-nos que larguemos os nossos filhos menores, alguns com Doenças crónicas ou com necessidades especiais em escolas desconhecidas ou que as polícias grávidas vão trabalhar. Também é por isso e é agora que a hierarquia pode provar a sua capacidade de liderança, exigir com determinação, mas ter a sensibilidade de decidir olhando as fragilidades dos seus subalternos.

Numa coisa os cidadãos podem estar certos, os polícias darão tudo o que podem até ao limite das suas capacidades para garantir o melhor contributo no combate a este problema.

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã

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