Durante anos os polícias têm sofrido com atropelos aos seus direitos.

Dia 21 de novembro os polícias vão participar numa manifestação agendada pela ASPP/PSP e AGP/GNR e na qual vários sindicatos decidiram fazer parte da sua organização. Sem sombra de dúvida, o mote desta manifestação será a união.

Durante anos os polícias têm sofrido com atropelos, atrás de atropelos aos seus direitos. Limitados na sua carreira, desvalorizados apesar da carga de trabalho, sem condições laborais e usados como não de obra barata para colmatar a falta de efectivo.

Durante anos pediu-se aos governos para atualizarem a tabela remuneratória, à semelhança do que se fez, por exemplo, com a polícia judiciária, pediu-se uma actualização dos suplementos onde se criaria o suplemento de risco, aprovado já na AR, exigiu-se a devolução dos valores cortados ilegalmente nos suplementos em tempo de férias e desde 2011, pediu-se a saída de elementos com mais de 55 anos da PSP e entrada de novos polícias, com o intuito de rejuvenescer a Polícia e a sua capacidade de resposta, enfim pediu-se, a resolução de muitos outros problemas, o mínimo para que os polícias e a PSP continuasse a ter o mínimo de condições para garantir a sua missão junto dos cidadãos.

Mas não valeu de nada alertar o governo, o resultado foi o mesmo. O argumento da falta de verbas foi servindo como desculpa para tudo. Percebemos que para alguns profissionais de outras instituições públicas, há sempre verbas, e bem, para os polícias a desculpa é crónica. Foi este cenário que levou os polícias a chegarem ao limite e agora é tempo de luta até o governo decidir pôr mãos à obra.

Crónicas assinadas pelo presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues no jornal Correio da Manhã

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